A primeira cidade que visitamos no Paraná nessa viagem foi Tibagi. A cidade fica a 209 Km de Curitiba. Fomos de Ônibus e levamos mais ou menos umas 3 horas pra chegar na rodoviária da cidade.
A lugar é uma graça e uma ótima opção pra quem curte contato com a natureza e ecoturismo. Passamos 5 dias e infelizmente não conseguimos aproveitar tudo que a cidade tem pra oferecer por alguns fatores:
- A cidade não tem muita estrutura para oferecer locomoção para turistas que não vem de carro, o que limita o acesso a muitos rolês
- Pelo fato de estarmos trabalhando durante a viagem, 5 dias foram pouco pra poder aproveitar melhor.
Mas isso não fez com que a nossa experiência pela pequena cidade do interior do Paraná fosse menos impactante. E hoje vou deixar aqui algumas sugestões do que fazer na sua passagem por Tibagi.
Parque Estadual do Guartelá
Em qualquer lugar que você buscar o que fazer em Tibagi, a primeira opção que aparecerá é o Parque Estadual do Guartelá, e com razão! O parque é uma das maiores atrações do local.
Estando a 18km do centro, a entrada para o Guartelá é gratuita e você pode aproveitar o dia por lá. O horário de funcionamento é das 08h as 18h.
Se você, assim como nós, não tiver um carro pra fazer esse rolê, existem duas maneiras de visitar o parque: A inteligente e sensata e a mal planejada e cansativa (Dou um doce se você adivinhar qual opção escolhemos 😁)
A opção sensata é a de ir nos dias de segunda ou sexta feira. Nesses dias, é possível pegar um ônibus por R$18,00 saindo da rodoviária as 8h50, sentido Castro, que te deixará literalmente na entrada do parque em 20 minutos e voltar com o mesmo ônibus que passa no local as 16h30.
Agora, a opção que obviamente não escolhemos foi a mais difícil… O ônibus que passa em frente ao parque passa por lá todos os dias, mas em seu retorno pra Tibagi ele não para em ponto nenhum, indo direto para a cidade.
Na verdade, segundo a funcionaria da rodoviária, o ônibus até pararia. Era só ela avisar o motorista que nós embarcaríamos naquele ponto. O problema que nós levamos em consideração foi o fato de o ônibus só passar por lá por volta das 20h00, então ficamos com receio de ficar esperando na beira da estrada todo esse tempo.
Então qual foi a “sábia” decisão que tomamos? Irmos numa quinta feira de ônibus e voltar ANDANDO! O que foi um erro pois já estávamos cansados do dia e foi uma caminhada de 4h30 na beira da rodovia 🤡
Mas vamos falar do parque.
O Parque Estadual do Guartelá é lindo e tem três principais atividades para se fazer: A entrada nos Panelões, a vista para a cachoeira e um mirante. Para chegar em qualquer uma dessas atrações, você deve fazer uma trilha, super bem sinalizada e com boa estrutura para caminhada. Ela é tranquila de fazer mesmo pra quem não tem costume de fazer trilhas.
Seguindo o trajeto, a primeira parada é nos Panelões, que são como buracos feitos naturalmente no rio formando umas piscinas naturais. A água é gelada, mas com um dia de sol da pra passar horas por lá. Os panelões são rasos, então fiquem tranquiles! Tivemos a sorte de ficarmos um bom tempo sozinhos por lá, mas logo chegaram 59 alunos de uma excursão que chegaram causando 😂
Saindo de lá, fomos em direção a cachoeira. E assim, você consegue ficar horas olhando pro Cânion (que inclusive é o sexto mais longo do mundo e o primeiro do Brasil!). A vista é de tirar o fôlego! Não é possível se banhar na cachoeira pois ela desagua num baita penhasco, então né…
Almoçamos por lá e ficamos mais de hora apreciando o lugar.
Aliás, um fator importante é lembrar de levar sua própria água e comida. O único estabelecimento que disponibiliza alimentação fica na entrada do parque e também tem uma casinha em uma propriedade privada que fica dentro do parque que vende água, cerveja e geladinhos.
Resumo da ópera: Pra mim, a visita a cidade já vale só pelo parque.
Raft no rio Tibagi
Nossa próxima sugestão é a de aproveitar para fazer raft e rapel no rio Tibagi. Eu nunca tinha feito nenhuma dessas atividades, então foi uma experiência foda!
Fomos com à agência Guartelá Ecoturismo, e o passeio dura em torno de 3h30 contando com o translado para a parte do rio onde embarcamos até a volta para à agência. O pacote que pegamos foi o de Raft + Rapel com o valor de R$150 por pessoa.
O rapel é, como o instrutor disse, um rapel negativo, que é o que você não tem apoio nos pés. Ele tem 10 metros e é feito de uma ponte que passa por cima do rio. É uma experiência muito doida, principalmente pra pessoas que assim como eu tem medos de altura hahah
Além do rapel, também fizemos uma parada na Cachoeira da Ingrata. Que é bem pequenininha, tá mais pra uma queda d’água. Mas não deixa de ser linda! A água é super gelada e o chão escorregadio, e dá pra descer como num escorrega deitades no chão.
Uma dica extra dentro desse passeio é que o local onde à agência fica, é uma maravilha pra você sentar e tomar uma cerveja vendo o rio passar. Então vá um pouco mais cedo pra aproveitar o ambiente e brincar com os milhares de cachorros que vivem por lá!
Museu Histórico / Praça Edimundo Mercer
Essa próxima sugestão é pra curtir o clima de uma cidade pequena de interior. Pegue uma tarde pra ir no Museu Histórico e na praça Edimundo Mercer. A entrada para o museu é gratuita e conta, como o próprio nome sugere, a história de Tibagi.
Ele é bem pequenininho e simples, mas ainda sim é um passeio interessante. Lá você pode aprender um pouco mais sobre os anos de mineração no local.
Saindo de lá você ainda pode dar uma volta pela praça que fica ao lado do museu. Beeem cara de interior mesmo, com fonte, banquinhos ao redor e sorveteria pertinho, uma graça. Além dela, é possível visitar a Igreja Matriz da cidade que fica também em frente à praça.
Essa é a região central, então você ainda pode almoçar por lá. Existem diversas opções de restaurantes.
Ps.: Minha única sugestão pra você, quando for para Tibagi, é de não ir ao Passo do Risseti. Vimos diversas indicações em sites e blogs, mas trata-se de uma praça pequenininha, com um lago e uma quadra. Não tem nada de muito interessante por lá 🤷♀️
Outros dois pontos turísticos muito comentados, mas que não conseguimos visitar, foi o Salto Puxa Nervos e a Fenda do Nick. Pareciam ser rolês super interessantes, mas que não fomos por não termos carro. Até conseguiríamos ir andando para o Puxa Nervos, mas estávamos exaustos ainda da caminhada de volta do Guartelá hahaha
Como eu disse antes, Tibagi é uma cidade que não tem ainda muita estrutura para receber turistas, mas tem um baita potencial. Uma informação que um dos instrutores do raft passou pra nós é que, infelizmente, apenas 30% de todas as trilhas, cachoeiras e belezas naturais estão disponíveis para visitação pois a maioria delas estão em propriedades privadas em que os donos não tem interesse em abrir para o turismo e mesmo os que estão abertos ao público tem algumas dificuldade de acesso etc.
Mas as minhas considerações são que a cidade vale muito a visita. É um lugar tranquilo e com a procura pelo turismo crescendo, o investimento tende a crescer e a estrutura também.
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